terça-feira, 23 de outubro de 2012

O Mito da Caverna e as Redes Sociais



No mito da caverna, este mundo sensível onde vivemos não é o mundo real. O mundo real é o mundo das ideias. O mundo sensível é uma cópia imperfeita do mundo das ideias, onde cada coisa tem sua ideia correspondente. Os prisioneiros que vivem no interior da caverna passam o tempo olhando sombras projetadas na parede. O verdadeiro mundo real, na alegoria, está do lado de fora: mundo do intelecto.
O que entendemos hoje como avanço nas relações sociais, afirmado por pessoas de todas as classes que utilizam as redes, lembra a analogia criada por Platão em A República. Porém, fazendo um movimento contrário, o uso abusivo das redes sociais é como um repuxo histórico, e pode estar nos levando de volta ao fundo da caverna.
As facilidades advindas da virtualização de algumas ações que não são prazerosas (pagar contas, declarar impostos, negociar) podem ser vistas como instrumentos que trazem qualidade de vida aos cidadãos. Mas, em tempos de uma sociedade que abusa de tudo para diminuir sua ansiedade e elaborar suas angústias (comida, drogas, exercícios, trabalho), é possível notar que há um exagero no uso das redes sociais com este mesmo caráter, como um alívio imediato e superficial para tensões muito profundas, que jamais se resolverão no espaço virtual. Neste sentido, as redes sociais podem ser consideradas um sucedâneo cultural, e enganando a todos faz com que acreditem que façam parte de algo especial... Ao ludibriar o internauta, que acredita estar sendo conduzido ao mundo das idéias, a rede imobiliza o seu grande potencial transformador e neutraliza seu poder resistência.
No mito de Platão, o mundo físico é uma cópia imperfeita do mundo das idéias. Para além das analogias, o mundo virtual, mito da contemporaneidade, é a cópia imperfeita da cópia imperfeita. 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Caminho do meio




A forma com que você se relaciona com o seu corpo reflete o modo com que você se relaciona com o seu espírito. Por isso, se temos a pretensão de ter uma grande alma, precisamos ser delicados e cuidadosos com o nosso físico também. Respeitar os nossos limites é uma passo importante para estabelecermos uma troca mais equilibrada com o divino. 
Em contrapartida, quando sua alma está bem cuidada e recebe a atenção que lhe é devida, vemos os efeitos concretos em nosso corpo. Como se a beleza fosse um estado de espírito mesmo.
No mais, o resto acontece naturalmente, basta desejar com o coração e manter os olhos atentos!